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Estudo de caso: sinistros em obras de terra

Publicado no dia: 02/02/2022
Estudo de caso: sinistros em obras de terra
Nas ultimas semanas temos acompanhado diversas notícias a respeito dos desmoronamentos e desabamentos de várias construções no Brasil. A mais recente ocorreu no dia 01/02/2022, devido a um suposto vazamento ocorrido por um coletor de esgoto da Sabesp, possivelmente aliado ao período de chuvas frequentes, que ocasionou o rompimento do solo que estava sob o coletor, abrindo uma cratera que atingiu a via local da Marginal Tietê, uma das mais importantes vias de acesso da capital paulista, além do transbordamento do efluente, que impactou diretamente na obra de construção da linha laranja do metrô.
 
É sabido por todos que é durante o verão que ocorre o período de chuvas intensas e frequentes. Também é sabido que o déficit habitacional no país vem aumentando a cada dia, e que com o agravamento da crise econômica e com o início da pandemia este déficit disparou. Exemplo disso é o aumento no número de pessoas vivendo nas ruas, avenidas, praças e debaixo de pontes e viadutos nos centros urbanos.
 
No caso do acidente envolvendo o coletor de esgoto da Sabesp e a obra da nova linha do metrô, não há vítimas, apenas danos materiais e impacto no trânsito da cidade. Ainda não está clara a causa da origem deste sinistro, mas dentre as possibilidades, é provável que tenha ocorrido alguma falha na etapa de planejamento da obra da nova linha do metrô ou falha na execução e fiscalização da obra do coletor da Sabesp. Para mais informações sobre o acidente ocorrido em São Paulo, acesse o link a seguir:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/02/01/o-que-se-sabe-sobre-o-desabamento-em-obra-do-metro-na-marginal-tiete-em-sao-paulo.ghtml
 
Quanto aos demais acidentes ocorridos neste período, em especial os desabamentos em Franco da Rocha e Francisco Morato, infelizmente várias vidas foram perdidas. Tais consequências poderiam ter sido evitadas se o poder público exercesse adequadamente a sua função de coordenar o planejamento territorial, promover a preservação ambiental das áreas de encostas, intensificar a fiscalização das construções erigidas irregularmente nas áreas de encostas e promover programas habitacionais para pessoas que possuem pouca ou nenhuma renda.
 
Além disso, é necessário conscientizar a população sobre os riscos de se construir em desconformidade com a legislação e normas vigentes, em áreas irregulares, sem o devido acompanhamento de um engenheiro civil. Sabemos que o principal argumento para não contratar um engenheiro é a questão financeira, pois consideram o engenheiro como mais um gasto na obra, mas o barato pode sair caro. Afinal, quanto custa uma vida?
 
O argumento de que “se a obra depois de pronta não caiu ou não pegou fogo, então foi bem construída”, acaba caindo literalmente por terra quando ocorrem estes sinistros e serve de exemplo para que essas situações não voltem a se repetir no próximo verão.
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